Alvados situa-se na base de um anfiteatro natural formado por várias serras e dista cerca de 10 quilómetros da sede concelhia. O seu orago é Nossa Senhora da Consolação.
A referência escrita mais antiga que se conhece desta localidade consta no foral de Leiria de 1142, onde surge com a grafia “Alvardos”; o seu topónimo será de origem árabe, derivando de “Albardos”. Apesar de existirem várias referências documentais ao lugar de Alvados, a data de instituição da freguesia é apontada para o período entre 1555 e 1559.
Eclesiasticamente, foi curato da apresentação da Colegiada de Ourém, tendo sido incorporada no bispado de Leiria em 1585.
No que respeita ao património local de Alvados destaca-se a Igreja Matriz, uma das mais antigas da diocese de Leiria; o cruzeiro, situado no adro da referida igreja; os moinhos de vento. De referir como local de interesse turístico as grutas de Alvados, descobertas em 1964 por um grupo de trabalhadores das pedreiras de calcário da Serra dos Candeeiros.
Os habitantes de Alvados dedicavam-se sobretudo à agricultura, destacando-se a olivicultura entre os seus principais cultivos. Uma outra importante fonte de rendimentos foi a exploração de pedra e indústria têxtil. Actualmente o turismo tem vindo a denotar um forte crescimento sendo, neste momento, a principal actividade.
Alcaria dista cerca de 5 quilómetros da sede concelhia e tem por orago Nossa Senhora dos Prazeres, realizando-se em sua invocação uma festa anual, no Domingo de Pascoela.
O topónimo “Alcaria” pode fazer alusão ao nome dado a uma antiga casa rústica para guardar alfaias agrícolas; ou ainda, ao nome de uma planta dos areais, de folhas semelhantes às da violeta selvagem.
Pouco se conhece do princípio histórico da freguesia de Alcaria, pelo menos até ao século XII; contudo, julgando a arqueologia vizinha, como o castro sobre o qual assentou o castelo de Porto de Mós, deduz-se que o povoamento local ocorreu em épocas longínquas.
Alcaria, provém talvez de uma propriedade, certamente vasta, instaurada sensivelmente a partir do século XII, ou seja, foi uma “alcaria” que só depois possuiu povoação em si própria, conseguida pelo fato de D. Afonso Henriques a ter incluído no termo de Leiria, em 1142, apesar da distância. A toponímia local concorda com o tardio povoamento, pelo menos quanto aos nomes dos seus lugares, Castanhal e Zambujal, topónimos botânicos, que pelo domínio da flora mostram a inferioridade da presença humana. De acordo com tudo isto, está a tardia instituição paroquial, pois que na primeira metade do século XVII, Alcaria ainda surge como um lugar da paróquia de S. João de Porto de Mós. Só em 1714 é que foi instituída a paróquia de Alcaria, ficando o cura a ser apresentado pelo prior da colegiada de S. João de Porto de Mós. Entre 7 de Setembro de 1895 e 13 de Janeiro de 1898, a freguesia, por extinção momentânea do concelho de Porto de Mós, foi integrada no concelho de Alcobaça.
Alcaria possui algum património cultural e edificado, do qual se destacam: a Igreja Matriz, a capela de S. Silvestre, o nicho de Santa Susana e o fontanário da Bica. Proporciona também alguns locais de interesse turístico, como: a Cascata da Fornea, a paisagem natural que a rodeia e a erosão das lapas.
Os habitantes de Alcaria viveram essencialmente da agricultura, da qual ressalta o cultivo da oliveira e do trigo.